Cerca de um milhão de pessoas se manifestaram neste domingo contra a presidente Dilma Rousseff em ao menos 74 cidades brasileiras, 580.000 delas em São Paulo, informou a polícia.
As manifestações para protestar contra o escândalo de corrupção na Petrobras e a complexa situação econômica alcançam o mesmo tamanho que os protestos de rua espontâneos de junho de 2013 para pedir o fim da corrupção da classe política e mais gastos na educação e saúde, invés da Copa do Mundo.
Segundo os coordenadores dos Movimentos Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua. os protestos tem um caráter apartidário, onde os princípios da democracia devem ser obedecidos, não se admitindo a interferência de políticos ou partidos, todos devem se manifestar pacificamente e cobrando responsabilidade dos entes públicos e dos responsáveis.
Em São Paulo os protestos foi marcado pela concentração na Avenida Paulista, em ao menos 14 Estados e no Distrito Federal outras mais de quinhentas mil se manifestaram nas ruas com gritos de combate à corrupção, de "Fora PT", pedidos de reforma política e de impeachment de Dilma.
Em Minas, a Polícia Militar estimou 24 mil pessoas estiveram na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Mesmo público é calculado em Brasília, onde manifestantes estão reunidos em frente ao Congresso Nacional.
Nas redes sociais a mobilização dos participantes dividiram-se entre apoiar ou não pedidos de impeachment. Quem é contrário, defende que o ato é para demonstrar a insatisfação com o governo federal. Entre os gritos de ordem, participantes usaram “1,2,3, Dilma no xadrez’’ e “Não adianta nos reprimir, esse governo vai cair”.
A manifestação em Brasília também faz críticas ao tarifaço de energia elétrica promovido pelo governo no começo deste ano. Em um dos carros de som do protesto, em meio a bandeiras da Força Sindical, há uma faixa com as frases: “Dilma, não cobre pela luz do sol”.
Durante o período das manifestações a Presidente Dilma Roussef esteve reunida com o Ministro da Justiça José Eduardo Cardoso e o Ministro da Articulação Miguel Rosseto, discutindo propostas para amenizar a crise, entre as quais a de enviar ao Congresso Nacional uma proposta de combate a corrupção com medidas austeras as pessoas que forem condenadas por desvio de recursos públicos.
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