sexta-feira, 25 de março de 2016

MICHEL TEMER BUSCA ALIADOS PARA O IMPEACHMENT

     Faltando apenas 06 sessões da Comissão Parlamentar de Inquérito para acabar o prazo de apresentação de defesa da presidente Dilma Roussef, o vice-presidente Michel Temer busca em diversos partidos a consolidação do número de votos suficientes para o a aprovação do rito do impeachment da Presidente. Nas articulações o Vice-Presidente tem priorizado convencer os partidários do PMDB, partido a qual mantem a hegemonia no Congresso e que terá um peso maior nas votações do impeachment, além de ser a agremiação que mais se beneficiará com a posse do vice-presidente, visto que deterá o comando da nação, indicando os assessores diretos, podendo assim, fortalecer muitos políticos que  até então, foram esquecidos na gestão petista.

       Nestes últimos dias com os escândalos sendo divulgados pelos meios de comunicação de forma contínua e a inércia do governo federal em resolver a grave crise econômica que assola o país, Michel Temer tem se mostrado discreto, porém nos bastidores, o vice tem conversado com diversos lideres partidários para que o impeachment seja uma realidade, e assim, assuma o governo.

         Para chegar ao poder será necessário torcer para que a Presidente não consiga ter um número de 174 votos no Congresso Nacional, e ainda, 41 dos votos dos Senadores,  a principio uma tarefa complexa, mas com a habilidade do vice-presidente, muitos especialistas acreditam que a performance atual do governo neste embate tem se mostrado frágil, principalmente, por conta das falas do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, que em vez de ajudar, acaba atrapalhando com discursos impróprios e ameaçadores aos órgãos constituídos, irritando muitos partidários que até pouco tempo defendia Dilma Roussef. 

          A situação para o governo atual é de fragilidade, para se ter uma ideia, o PMDB do Mato Grosso do Sul já se manifestou a favor do impeachment e deu um prazo para que os correligionários que detém cargo no governo entregue, ficando livres para optarem sobre o impeachment, o diretório do Rio de Janeiro já se manifestou indiretamente onde selará o rompimento a partir da quarta-feira. "Qualquer voto que eles conseguirem no PMDB é lucro", disse o deputado Lúcio Vieira Lima (BA), integrante da ala a favor do impeachment. "Para nós, é importante aprovar o desembarque do partido para mostrar nossa força", completou.

         Para o Planalto continuar na mesma situação, espera contar com a ajuda dos atuais sete ministros do PMDB, que ocupam as pastas de Minas e Energia, Saúde, Agricultura, Ciência e Tecnologia, Turismo, Aviação Civil e Portos. Por ora, nenhum deles deseja sair do cargo.

               Agora é esperar os próximos capítulos desta interminável disputa.